O ministro da
Educação, Abraham Weintraub, durante apresentação de programas do MEC Foto:
Gabriel Jabur/MEC / Agência O Globo.
Por Val Barreto.
O ministro da Educação,
Abraham Weintraub, parece que vive em um país de céu de brigadeiro, na qual um
professor federal que trabalha oito horas por semana nas universidades federais,
recebe um salário de 15 a 20 reais.
Reparem que não se
trata de 8 horas por dia e sim 8 horas por semana de trabalho, que segundo o
ministro da educação, garantem aos professores universitários de Rondônia e do
restante do país, um salário gordo e que inclusive atraiu sua atenção.
O engraçado, na
verdade, trágico é que nem mesmo um professor com doutorado consegue um salário
desse, ministrando aulas nas universidades públicas Brasil a fora.
Os professores
universitários não merecem menos, todavia, nem mesmo em uma possibilidade
remota, os rendimentos dos professores recebem um salário desses e sinto dizer
que pelo menos na UNIR de Rondônia, nem estamos chegando perto.
A declaração
fantasiosa, veio durante o 21º Fórum Nacional de Educação Superior Particular, na
qual o ministro afirma que irá “atacar a zebra mais gorda”, que
na opinião dele, é o salário de professor universitário federal.
Parece que além de
fantasiar, o ministro da educação não tem a mínima ideia do que está falando e
muito menos fazendo, o que justifica o total abandono da pasta da educação
nesse governo, que conforme a tendência da atual gestão, ao invés de se
preocupar com questões importantes como o FUNDEB, o cumprimento do PNE ou
políticas que garantam melhorias na educação do país, preocupa-se em espalhar
fake News e distorcer fatos como esse.
Abraham Weintraub deu
essa declaração ao defender que cobrar mensalidade dos alunos das universidades
públicas seria uma “vitória de Pirro”, porque não resolveria o problema do
ensino superior no Brasil —que, segundo ele, é o gasto de "uma fortuna
de dinheiro com uma pequena quantidade de pessoas".
A declaração
polêmica deixou vários professores universitários perplexos, como é o caso do
professor Vinicius Miguel, da Universidade
Federal de Rondônia – UNIR, que não apenas repudiou a declaração do ministro,
como expôs seu contracheque para comprovar o absurdo de tal afirmação, para não
dizer mentira, que é do que se trata a fala do ministro.
Em sua rede social,
o professor Vinicius Miguel, expressou sua indignação em uma carta aberta ao
ministro da educação do MEC:
Parece que o
ministro da educação, não sabe como elaborar e executar melhorias reais para a
educação, seja ela básica ou superior, o ministro demonstra total alienação ao
cenário da educação atual, afinal se ele soubesse não diria esse absurdo.
Se a saída do
ministro é ir atrás do salário de zebra gorda dos professores universitários, certamente
Weintraub vai dar um tiro no pé, uma vez que a remuneração passou longe da
realidade. A sugestão é o ministro elaborar
outras saídas e propostas, porque essa dificilmente dará certo.
FONTE: O GLOBO
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