Por Karina Andrade.
Engana-se quem pensa que educação física está ligada
somente a esporte ou recreação. A educação física vai muito, além disso. Ela
está ligada ao desenvolvimento físico, social e emocional de qualquer pessoa,
contribuindo diretamente para formação de seu caráter.
Para as pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista
– TEA, a educação física é utilizada como ferramenta fundamental no
desenvolvimento de habilidades e de inclusão. Os exercícios contribuem para
vencer as fragilidades que apresentam (cada um em sua intensidade) no
equilíbrio, coordenação, flexibilidade, planejamento motor, entre outros.
Além
claro, de contribuir imensamente para a questão das habilidades sociais. A
ausência de atividade física na rotina do autista pode impactar na sua
autonomia para realização de tarefas como caminhar, virar-se, vestir-se, entre
outros. A atividade física é indicada por neurologistas e psiquiatras na
maioria dos programas de tratamento para as pessoas com autismo.
Durante muitos anos as pessoas que não se encaixavam ao
padrão foram deixadas de lado, pois não atingiam o desempenho se comparado aos
demais. Os estudantes com deficiência sempre fizeram e continuam, em grande
maioria, a fazer parte deste processo de exclusão.
Com isso, a educação física inclusiva surge com o
objetivo de que todos possam participar da mesma atividade. Essa proposta,
implica no entendimento das especificidades de cada aluno e na flexibilização
de recursos e regras das atividades físicas. Isso envolve não só alterações nas
práticas físicas existentes, como também na criação de novas atividades. A
inclusão ocorre efetivamente quando o aluno com deficiência consegue participar
das aulas com todos os demais, e, para que isso ocorra é necessário que o
profissional da Educação Física esteja devidamente qualificado.
Inclusão acontece através do saber especializado. “Ainda
temos muita dificuldade em encontrar educadores físicos preparados para
trabalhar com o autismo, assim como escolinhas de natação, lutas, dança, entre
outros, que aceitem nossos filhos”, relata Sedilaine Marques, mãe de Joaquim -
7 anos.
Educação Física Escolar
Tendo em vista que, grande parte das crianças e adolescentes
no TEA não têm acesso a um tratamento adequado, a profissionais devidamente
qualificados e as horas de terapias necessárias, a educação física escolar
ocupa um papel fundamental no desenvolvimento delas.
Todos os dias essas mesmas crianças e adolescentes estão
dentro das escolas e têm a possibilidade de desenvolvimento (caso tenham a
sorte de estar com um profissional qualificado e interessado).
A incidência de autismo é de 1 para cada 59 crianças
nascidas, logo, em todas as escolas existem pessoas com autismo, com ou sem
diagnóstico.
Diante dessa lacuna, Karina Andrade, mãe de dois meninos
dentro do TEA, criou um projeto para trazer qualificação às famílias e
profissionais de todas as áreas que atuam com o autismo. Informações através do
site: www.integrarautismo.com.br
FONTE: TUDO RO
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