As aulas remotas tem
sido a saída para a educação em suas várias etapas, desde a educação básica e
nas demais modalidades de ensino diante da pandemia do novo coronavírus,
todavia, no caso dos acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, as
aulas remotas são uma necessidade.
As aulas presenciais
no nível superior estão suspensas até o final de 2020, o que trás a baila a discussão
a cerca da implantação das aulas remotas na UNIR, todavia, a demora pela
decisão por implantar ou não o novo modelo de ensino pode significar uma perda
irreparável a vários acadêmicos, uma vez que com o semestre letivo suspenso, a
certificação dos acadêmicos irá retardar ainda mais, prejudicando o ingresso
desses estudantes no mercado de trabalho e o sonho de finalmente concluir o
ensino superior.
Acadêmicos de Pedagogia perderão vagas em concurso
público:
Os acadêmicos de
Pedagogia da UNIR, aprovados no Concurso da Prefeitura de Porto Velho Edital
001/2019 perderão suas vagas no concurso, uma vez que sem o diploma, não
poderão tomar posse ao serem convocados.
É bem provável que a
Prefeitura de Porto Velho, e frise-se provável, que a Secretaria Municipal de
Educação (SEMED) no próximo ano, devido a necessidade de pedagogos e contexto
pós–pandemia, venha a convocar professores para suprir as necessidades desses
profissionais nas escolas da rede municipal.
Aulas remotas até na Educação Infantil, mas na UNIR
não?
A implantação do
ensino remoto para os acadêmicos da UNIR tem sido analisado pela Universidade,
porém a passos de tartaruga, os acadêmicos seguem sem perspectiva alguma, tanto
para alunos, quanto para professores.
Desde março, com o
Decreto de calamidade pública as aulas estão suspensas, o que significou a
perda um semestre letivo, o que é bastante grave para esses acadêmicos, não
podendo ser aceitável a perda de todo o ano letivo 2020.
O que querem os estudantes?
A UNIR abriu
recentemente o processo de consulta a comunidade estudantil para elaborar uma
resolução e planejar como será essas aulas remotas para os acadêmicos da
Universidade Federal, porém diante da inércia, segue o questionamento: a opinião
dos principais interessados e obviamente mais prejudicados, não conta?
DCE,
aulas remotas e MEPR:
O DCE (Diretório
Central dos Estudantes), entidade representativa de estudantes da Universidade
Federal de Rondônia (UNIR) tem se mostrado contrário as aulas remotas,
desconsiderando a situação dos estudantes, não aceitando a metodologia de
ensino como alternativa viável.
O que ninguém conta
é que vários estudantes são favoráveis a implantação desse procedimento,
afinal, as aulas remotas são um mal necessário diante das necessidades deles,
necessidades essas que estão sendo negligenciadas, sem avaliar os impactos em
suas vidas e ingresso ao mercado de trabalho.
Atualmente o DCE
está sob a direção da entidade MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário)
que por sua vez estão combatendo a portaria 343 de 2020, com a justificativa de
ser contra a implantação da EAD, contra uma possível privatização e ainda como
forma evitar a perda da qualidade da educação, todavia segundo uma imensa
proporção de estudantes, não é bem assim.
“Tem estudantes que estão há anos na universidade,
nunca saem e sua única função é fazer politicagem” – informou uma acadêmica.
“É preciso que haja uma investigação de quem são os
professores e estudantes que fazem parte desse movimento, para que seja dada
uma resposta a sociedade, afinal eles estão usando as entidades para difundir
suas ideias, e estas não contribuem para a construção da democracia brasileira” – Relatou outro acadêmico.
A verdade dura de
engolir é que é difícil para professores federais com altos salários, mas com
ideais revolucionários e socialistas, entender o que é estar na pele dos
acadêmicos que precisam trabalhar, para sair da posição socioeconômica
vulnerável em que estão.
Professores
federais, já aprovados em concurso e sem passar necessidades, como os
acadêmicos de Pedagogia, não estão no mesmo patamar, não sentem na pele, o que
esses alunos estão vivenciando e arriscando. Logo é realmente bem mais fácil
ser contra as aulas remotas e matar/atrasar/adiar o sonho de vários estudantes
de assumir o tão sonhado cargo público, um emprego ou mesmo o diploma de nível
superior.
“A Unir está formando profissionais que precisam
ingressar no mercado de trabalho, não entendo como eles não veem essa
realidade. Parece que vivem em uma outra linha do tempo que desconsidera a
realidade de um ser humano que está precisando se formar para trabalhar, para
melhorar sua situação econômica” –
Lamentou uma acadêmica de Pedagogia.
Fechar os olhos para
a necessidade dos estudantes, baseada unicamente em opinião política pode
significar uma perda irreparável na vida acadêmica e profissional desses
alunos, afinal resistir é preciso e importante, mas a que custo? A custo dos
sonhos de quem? Não dos deles, que estão estabilizados financeiramente.
Em caso de dúvidas ou para maiores informações:
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Onde está a direção dessa instituição pública que não toma providências? Por que não aplicam os milhões recebidos anualmente, em benefício dos acadêmicos? Não existe desculpas. Estão obrigando os estudantes a migrarem para a rede Particular que desde o início implantou o EAD com sucesso. Isso é uma vergonha para a classe acadêmica!
ResponderExcluirO discurso hipócrita é de que estão fazendo isso "pelos mais pobres".
ResponderExcluirNo entanto, o mais prejudicado é o acadêmico pobre, aquele que não tem opção além da dependência da Universidade pública.
“É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar.” Edmund Burke
O fato das demais faculdades terem aulas e a única Universidade pública não ter, acentua as diferenças sociais, pois quem não tem condições de pagar não terá acesso à educação.
ResponderExcluirO fato mais fundamental sobre as idéias da esquerda política é que elas não funcionam. Portanto, não devemos ficar surpresos ao encontrar a esquerda concentrada nas instituições onde as idéias não têm de trabalhar para sobreviver.” Thomas Sowell
ResponderExcluirHouve eleição para reitor neste mês de agosto. E a comunidade, inclusive os alunos, votaram em sua maioria pela candidata que é contra a aula remota. Acho que os estudantes da Unir não tem do que reclamar.
ResponderExcluirQual a qualidade das aulas remotas da rede estadual e municipal? Qual o percentual de participação dos estudantes? Quais as condições dadas aos professores?
ResponderExcluirA unir tem uma multiplicidade de cursos, inclusive área da saúde como implementar ensino remoto para cursos que necessitam aprender a lidar com o fator humano. A justificativa não é somente a trazida na reportagem, como irá garantir de fato o acesso a todos os alunos, não somente acesso mas qualidade no ensino.
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