Por
Val Barreto.
O
Programa Acelera Brasil é um dos maiores desafios vivenciados pelo professor
que atua nas classes de aceleração de aprendizagem, principalmente nas escolas
da zona rural de Porto Velho, onde a distorção idade/série são bem mais comuns.
O
Programa Acelera Brasil é uma das iniciativas que visa corrigir o fluxo escolar
nas redes municipais de ensino de Porto Velho, como estratégia para possibilitar
a implementação de um sistema de ensino fundamental com maior qualidade para as
crianças que estudam nas escolas municipais.
Segundo
a secretária adjunta da Semed, Gláucia Negreiros, a Rede Municipal obteve
resultado positivo no Programa Acelera e superou a média de cinco municípios
brasileiros que participam do Programa. Entre os municípios avaliados, Porto
Velho representa a região Norte e demais o Nordeste, a capital rondoniense
ficou em primeiro lugar com os melhores resultados.
Os
professores que tiveram ou estão tendo a oportunidade de atuar no Acelera, tem
em mãos desafios que provam o quanto esses professores estão comprometidos com
o avanço desses alunos e da educação municipal. E o sucesso desse programa,
certamente se deve principalmente, ao empenho e dedicação desses professores.
O
trabalho no Acelera tem uma estrutura diferente das classes comuns que não
participam do programa. Por isso, o professor que atua no Acelera, precisa
atuar de forma diferenciada, por exemplo, o sistema de acompanhamento,
planejamento e controle do processo é completamente diferente. As reuniões não
são realizadas a cada bimestre, mas quinzenais onde são feitas avaliações e
planejamento. O professor precisa realizar
diagnóstico e alfabetização de alunos defasados e não alfabetizados.
A
Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Educação
(Semed), participou em São Paulo de um encontro com o Instituto Airton Senna. A
oportunidade é para receber os resultados da avaliação dos Programas 'Se Liga'
e 'Acelera' ambos implantados no município com o objetivo de corrigir a
distorção idade/série existente na rede pública decorrente de reprovações ou
evasão escolar.
Para
a gerente da Educação Básica, Cássia Neres, os programas vêm demonstrando
resultados positivos e a meta é ampliar o atendimento para todas as escolas da
rede que atendem o ensino fundamental.
Para
o diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (Insper), Ricardo Paes
de Barros, a experiência de Porto Velho servirá como referência para outras
redes de ensino no Brasil.
Uma
das possíveis explicações para os êxitos logrados pelo Programa Acelera Brasil
residiria no ajuste entre sua estratégia pedagógica, sua tecnologia de
intervenção e seus instrumentos de acompanhamento, controle e avaliação.
A
estratégia e os materiais pedagógicos são focalizados diretamente no aluno para
superar eventuais carências e deficiências do professor. A tecnologia de
intervenção estrutura as ações de alunos e professores de forma a maximizar os
procedimentos metacognitivos e o domínio das competências pelos alunos.
O
professor recebe apoio permanente, a capacitação é feita durante o processo,
sobre problemas concretos, e não sobre cursos abstratos ou acadêmicos. Os
instrumentos de acompanhamento, controle e avaliação permitem monitorar e
assegurar o ritmo do programa e corrigir eventuais desvios e dificuldades dos
professores. Eles também permitem calibrar as decisões dos professores
referentes à promoção dos alunos, assegurando-lhes apoio e mantendo uma imagem
de seriedade e compromisso com resultados.
TEXTO:
ADAPTADO POR VAL BARRETO – FONTE: COMDECOM - SCIELO.
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