Por
Assessoria/IFRO – Via: Rondônia dinâmica.
O
IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) vem
desenvolvendo políticas que fomentam a inclusão, acesso, permanência e êxito de
estudantes. Entre essas políticas estão os códigos de vaga de contratação de
profissionais que atuam junto aos surdos ou que desenvolvem capacitação para a
comunidade na área de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Os intérpretes
também são chamados a contribuir em eventos específicos, como os Jogos do IFRO
de 2019, que neste ano teve a temática voltada para a inclusão.
Ofertando
aulas na modalidade presencial e a distância, o Campus Porto Velho Zona Norte
possui na Coordenação de Assistência ao Educando (CAED) uma equipe
Multidisciplinar que compõe o NAPNE (Núcleo de Atendimento as Pessoas com
Necessidades Específicas). “O/A Tradutor e Intérprete de Libras é o/a
profissional ouvinte bilíngue que possibilita acessibilidade linguística entre
pessoas surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais e ouvintes. Pode
interpretar a Língua de Sinais para a Língua Portuguesa ou vice-versa em
quaisquer modalidades que se apresentar, seja oral ou escrita.
Este
profissional é de extrema importância para permanência de alunos surdos nos
cursos uma vez que poucos ou nenhuma pessoa da comunidade acadêmica tem domínio
de Libras, desta forma o Tradutor Intérprete de Libras é responsável pelo assessoramento
em atividades de ensino, pesquisa e extensão”, esclarece a Tradutora e
Intérprete de Libras do Campus Porto Velho Zona Norte, Tamires Gomes de Assis
Gonçalves.
O
material pedagógico para aulas EaD produzido pelo Campus Porto Velho Zona Norte
fica disponível ao público no Youtube. “Conforme informação da Coordenação do
Curso Técnico em Cooperativismo, atualmente temos cerca de 1.500 alunos nas
turmas de segundo ano, em que realizo a interpretação simultânea às aulas,
divididas em 8 CREs. As aulas são disponibilizadas no canal do campus no
Youtube para acesso tanto dos alunos do curso quanto a comunidade externa, caso
queriam assistir às aulas”.
No
Campus Porto Velho Calama, a servidora Nathali Fernanda Machado Silva conta
como são suas atividades. “No início do ano letivo de 2019, recebemos a aluna
surda Letícia Sophia, no Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino
Médio. Durante este ano, o campus realizou diversas ações para promover a
Libras e a inclusão da Letícia. Anualmente já era oferecido, através do NAPNE,
cursos de Libras, no ensino e na extensão. Dessa forma, o ambiente educacional
já estava mais preparado para receber alunos surdos”.
Nathali
faz parte do NAPNE do Campus Porto Velho Calama. Entre os projetos
desenvolvidos estavam o “Músicas em Libras”, em que os estudantes do Calama se interessavam
muito pela Língua Brasileira de Sinais. Desta forma, contribuíram na recepção
da nova aluna. “Poder colocar em prática o que eles haviam aprendido e
conseguir efetivar uma comunicação básica foi muito satisfatório pra todos.
Apesar de passar por algumas dificuldades, como a falta de intérprete em
algumas atividades de contraturno, visitas técnicas e pesquisa, a aluna se
superou a cada bimestre, tendo um ótimo desempenho e aprovação neste ano”,
explica a Intérprete de Libras.
Em
2019, o Campus Porto Velho Calama também ofereceu Curso Básico de Libras, em
parceria com os alunos do Curso Letras Libras da UNIR (Universidade Federal de
Rondônia). Outro projeto, oferecido pela Reitoria do IFRO e desenvolvido pela
Intérprete de Libras do campus, foi o de Tutoria de Pares. “Nele a Letícia
contou com o auxilio de dois monitores, o aluno Fábio e a aluna Maria Rita, que
fizeram um excelente trabalho. E como a aprendizagem é uma via de mão dupla, os
dois alunos aprenderam Libras principalmente pela prática de conversação e
contato com a Letícia”.
As
ações promovem a inclusão efetiva, com os alunos do Campus Calama tendo a
possibilidade de superação e de desenvolvimento. “Eu fico muito feliz e
orgulhosa da Letícia, pelo seu empenho e determinação. Ela é dedicada e
compromissada. Também me sinto muito satisfeita em trabalhar no IFRO com alunos
tão incríveis, é um grupo proativo, que entende a importância da Libras e da
cultura surda”, diz Nathali.
Atuação
junto à comunidade externa Em Cacoal, a intérprete de Libras vem realizando
ações no campus e no município. Michelle Ayres Abreu, que também coordena o
NAPNE do Campus Cacoal, participou de um projeto de inclusão durante as
eleições, em que colégios eleitorais tiveram pessoal treinado para atender
eleitores portadores de deficiência ou mobilidade reduzida.
Na
unidade, o IFRO vem se adaptando para promover acessibilidade a futuros alunos
surdos que poderão ingressar no campus. “Quando falamos sobre acessibilidade
precisamos nos atentar que a acessibilidade não diz respeito apenas às pessoas
com deficiência (surdos, cegos, mobilidade reduzida, etc) acessibilidade é para
todos. O Instituto Federal a cada ano vem se preocupando em oferecer
acessibilidade para nossos alunos, servidores e a comunidade externa, por meio
de projeto de Libras, adaptando acessibilidade arquitetônica, capacitando os
servidores para atender às necessidades com metodologias dentro e fora de sala.
O ingresso de uma pessoa com necessidades específicas em nosso campus nos faz
querer lutar e nos adequar, cada dia mais, para que por meio da educação
oferecer independência para os mesmos lutarem e irem em busca de seus sonhos”,
completa Michelle.
Por Assessoria/IFRO – Via: Rondônia dinâmica.
0 comentário
Postar um comentário
Deixe seu comentário, sugestões, críticas, será um prazer responder você.