Escolas de música ficam de fora do abono do FUNDEB pago em dezembro.

FOTO: Aula de música - Fonte: Revista Nova Escola.
          


Por Val Barreto*

 

Os profissionais lotados nas escolas de música de Porto Velho ficaram de fora do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (FUNDEB) que prevê abono de R$2.800 aos profissionais da educação da rede municipal de ensino de Porto Velho.

 

Acredita-se que a NÃO concessão do abono seja porque muitos instrutores de música tenham formação técnica, são aprovados em concurso público em nível médio e não superior, ou seja não são professores e por estarem na condição de técnicos fazem jus ao abono dos técnicos de R$2050 que tem previsão de ser pago a partir da primeira quinzena de janeiro/2022.

 

De acordo com informações de servidores lotados nas escolas de música, mesmo os professores NÃO receberam o abono, e até os gestores da escola de música, ficaram de fora, deixando questionamentos que até o presente momento estão sem respostas:

 

“Quando alguns professores lotados nos Centros de artes entraram no concurso, entraram como professores. Por estarem lotados nos Centros vão receber como técnicos?” – Indagou um professor de artes.

 

Os questionamentos têm levado muitos servidores a exaustão, principalmente pela falta de transparência sobre o pagamento, sem falar que o abono dito como “natalino” não foi pago no prazo e nem para todos os professores, alguns receberam no sábado, outros receberam na segunda e alguns sequer sabem por que ficaram de fora.

 

Ainda sobre os professores lotados nos centros de artes, um servidor questiona:

 

“Houve destituição de cargo de professor para técnico por estarem lotados nos Centros de Arte? Os Professores dos Centros concursados como tal viraram técnicos?”

 

Considerando essa exceção, de estar fora do espaço escolar como escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, há servidores que buscam informações sobre o recebimento do abono pelos professores que atuam da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), afinal os técnicos da SEMED serão tratados como técnicos ou como professores?

 

 “Qual critério foi usado para os Professores dos Centros, se eles exercem função docente e pedagógica?” – Indagou um professor de uma das escolas de música.

 

Quem é professor e está na SEMED, não tem os mesmos direitos que quem é professor e está nos centros de artes? Os professores de música, bem como os instrutores relatam estarem decepcionados com a falta de transparência, de informações e afirmam sentir-se desrespeitos pelo silêncio da Prefeitura, secretaria e principalmente pelos sindicatos representantes dos servidores, que ainda não se posicionarem sobre o assunto com a devida clareza e de forma oficial:

 

“Parece que nenhuma entidade tem assessoria de imprensa para emitir uma simples nota sobre o assunto. É um descaso. Arruinaram nosso natal, ficamos frustrados e temos um silêncio mútuo e desrespeitador por partes de todos os envolvidos!” – Desabafou uma servidora.

 

*Val Barreto é jornalista, professora, sindicalista e consultora educacional de cursos. Contato: (69) 993106942.

 

 

0 comentário

Postar um comentário

Deixe seu comentário, sugestões, críticas, será um prazer responder você.