Professores que atuam no Ensino Fundamental da Rede
Municipal de Porto Velho e participam do Programa Alfabetiza tem direito a uma
gratificação, pois além do trabalho pedagógico comum de um professor, os
participantes têm mais trabalho burocrático, ou seja, trabalho dobrado e merece
ser valorizado e remunerado, inclusive com direito ao retroativo, já que estão
atuando e ainda nem receberam.
Sobre o Programa:
O Programa Alfabetiza é resultado de uma análise
dos resultados das avaliações do PMALFA e Avalia Porto Velho do ano de 2019, assim
sendo, de acordo com os resultados analisados, os dados mostraram o nível de
aprendizagem das crianças nas turmas dos 1º, 2º e 3º Anos na rede municipal de
Porto Velho - RO.
Pagando a conta:
Com a pandemia e as aulas remotas, a situação
está bem pior do que se imagina, e os professores mesmo dando seu melhor
durante o ensino remoto, estão tendo o feedback com o retorno presencial, com
relatos de muitas dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos, o que tem deixado
os professores em condições exaustivas, pressionados e expostos a um grande nível
de stress.
Gratificação (Incentivo Salarial):
No Eixo VI do Programa Alfabetiza, na
página 45, no item valorização profissional, está “O Incentivo Salarial para
professores Alfabetizadores”, ou seja, uma gratificação para quem se dedica
ao programa.
Essa gratificação se destina a “valorizar os profissionais do magistério da Rede Pública Municipal”, de forma a equiparar o seu vencimento básico ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o quinto ano da vigência do PME. (Meta 17 do PME de Porto Velho).
Logo, para priorizar a alfabetização das crianças
do 1º, 2º e 3º ano o profissional que atua nessas turmas tem garantia de uma
gratificação a fim de promover novos resultados, a alfabetização das crianças
na idade certa, mas é preciso agilizar logo o pagamento desse incentivo.
Previsão do incentivo salarial:
Ainda não há informações sobre a implementação da gratificação aos professores que participam do Programa Alfabetiza, nem uma data prevista, mas professores estão atuando desde fevereiro e estão sobrecarregados com o planejamento, cartaz de acompanhamento diário, cartaz de livro de literatura semanal, visita da supervisora na sala de aula, fiscalização, relatório, formação online no Canal da divisão de formação...
Papel, mais papel e papel de novo:
Os instrumentais preenchidos pelos professores,
serão enviados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado), mas tem professor que se
diz desmotivado em preencher os papéis e documentos para enviar ao órgão, pois só
tem recebido cobranças e exigências, mas não vê de contrapartida do TCE e nem
da SEMED, o apoio necessário para executar o programa, além das burocracias de
preenchimento de papéis para “mostrar resultado”.
Mais apoio, além do financeiro:
Embora a gratificação seja um incentivo, cabe
ressaltar que para recuperar os déficits de aprendizagem do tempo de pandemia e
as particularidades de muitos alunos, identificados em 2019, é necessário bem
mais que uma gratificação, mas um apoio pedagógico de Professor Auxiliar, projeto
de reforço escolar no contra turno e outras iniciativas, devido aos diferentes níveis
de aprendizagem e um grande número de alunos por sala.
BAIXE AS DIRETRIZES DO
PROGRAMA – CLIQUE AQUI
*Val Barreto é jornalista, professora, e consultora educacional cursos
preparatórios em Rondônia. Contato: (69) 993106942.
Sem falar que tem escola trabalhando com turmas só segunda, terça e quarta com alunos do primeiro, segundo e terceiro anos na quinta e sexta com os alunos do quarto e quinto anos continua de forma híbrida motivo por não ter salas suficiente na escola me diz como melhorar essa aprendizagem defasada? Órgãos público não faz seu papel e nós que pagamos o preço.
ResponderExcluir